«Paris» - Ton Visage

Ponte Alexandre III



Sob o crepusculo do fim de tarde, debruçámo-nos no parapeito desta admirável ponte, e contemplámos em silêncio as tranquilas águas do Sena, incomodadas de quando em vez pelos “Bateaux Mouches” cheios de turistas.

As luzes da cidade acendiam-se vagarosamente e ao longe eramos observados pela omnipresente Torre, enquanto fabulosos cavalos alados e inocentes querubins nos acompanhavam nesta contemplação.

Procurávamos naquelas águas uma miraculosa paragem do tempo. As sensações que sentíamos seriam então eternas, o rio continuaria a passar debaixo da ponte, a noite não chegaria e fujiriamos assim ao quotidiano a que tinhamos que regressar.

O tempo parou por instantes.

Viraste-te para mim. Era já noite. O rio que passava no teu belo olhar, murmurou-me um timido “Vamos ?”. Estava escrito na tua cara que não era esse o teu real desejo.

Fomos.... Os querubins e os cavalos alados lá ficaram...o tempo parou para eles. Mas o Sena continua a passar debaixo das pontes de Paris enquanto os turistas continuam a navegá-lo nos famosos “Bateaux Mouches”.